Um sopro

"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto - e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente." (Clarice Lispector)

Almas com almas

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O sensato que tem o privilégio da insensatez

Eu quero uma viagem sem relógio no bolso. Louco? Loucos são vocês! Eu quero andar na velocidade da luz que é para explodir, e deixar rastro de estrela que derrete como uma vela. Coitada da vela acesa; assim se consome toda. Consumir-se. A velocidade é quente. Dissolve. E a cera da vela derretida tem cara de: de quê? Se eu explodir a caminho do destino, eu serei cera endurecida, monstruosa, imagem de adoração aos santos. Adoro. Eu sou para a santidade numa vela terminada. Termine com a paz podre e com os fariseus. Termine com isso.

Um comentário:

  1. "E a cera da vela derretida tem cara de"?
    Cara do que ela quiser ter afinal seu trabalho foi feito e agora ela é livre para ter cara do que quiser ter!!

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