Vi uma maçã. Mas não vi a sua frágil escuridão de dentro, vi apenas sua casca vermelha manchada, dentro devia ser escuro, secreto e largamente escuro, onde caberia o Universo inteiro mais um cisco de homem. Então, num ato de ousadia em substituição ao desgosto da fome, parti a maçã ao meio: o interior da fruta existiu claro e preciso. No silencioso significado desse rompimento escondeu-se para sempre o oculto da maçã.
Um sopro
"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto - e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente." (Clarice Lispector)
Almas com almas
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Um Achado Misterioso
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