Um sopro

"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto - e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente." (Clarice Lispector)

Almas com almas

domingo, 18 de julho de 2010

Contemplação

Precisava ver a beleza das ilhas que encontrei mar afora; pena que não dá para parar o movimento, e eu tive de ir em frente, deixar pra trás. Quando cheguei à praia, eu escalei o rochedo e fiquei olhando, olhando do alto... não senti saudade; será que é um grande sonho? Será que eu escrevo sonhos? Escrevo e não entendo. Quem diz que entende o sonho é um farsante. Eu estava ali, vivo, olhos abertos, ouvidos captando sons e sons, e não tive ideia nenhuma por onde começar: começar o quê? Eu já estou na metade! E nem sei quem sou; ou para onde vou. Acho que é isso: vou e sou, basta.

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