Se me descobri ou me encontrei, desconheço; se isso tivesse acontecido, um par de asas se me teriam nascido nos ombros; no entanto, meus pés continuam descalços no chão. Nasci e a vida me descobriu; e a vida me criou dizendo que a natureza ia sempre cuidar de mim, que a genética do fio de meu cabelo e do pó das estrelas era a mesma, de modo a estarmos sempre ligados. Na verdade, o humano descobre-se nascendo, mas não sabe; até que passe um tempo e ele se torne capaz de saber, já estará numa multidão de outros humanos que também não sabem nada. E as estrelas, que não falam, observam; e a natureza que não fala, observa; só quando o humano derrama sangue ele finalmente descobre quem é, mas não vive para dizer.
É o encargo e dúvida de todos nós, que nascem na morte e vivem observando enquanto poderíamos entender.
ResponderExcluirBela poesia!
ps.: Não nos conhecemos, (Risos) mas conheci seu blog pois passou a seguir o meu antigo (O Som do Silên-cio). Obrigado pela força lá!
Bem, estou em um novo blog, caso esteja afim:
ResponderExcluirwww.omeninoquegozavarisos.blogspot.com
O mais difícil é perceber que nunca um pensamento é único, é só seu e que mais ninguém o tem. Por onde andou tanto tempo que não te encontrei, oh pedaço do meu cérebro em outro alguém?
ResponderExcluirÒtimo texto, Fera. PRABÉNS.
ROBSON BRITO
http://robsongbrito.blogspot.com/
é, a vida é complicada. Gostei muito da maneira com que retratou seus pensamentos, tens toda razão! adorei o blog, abraços!
ResponderExcluirSuas palavras me deixam com pensamentos variados, sem saber o que realmente sou ou no que posso me tranaformar quando finalmente nascer pra vida. A esperança é que a natureza e as estrelas ainda fassam parte da minha genetica quando isso acontecer. !
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