Porque os insetos têm a brutalidade orgânica de Deus e eu tenho uma linguagem exata para isso. Se olho demorado uma barata, eu descubro de onde vim, por exemplo. A barata não diz nada, veja bem, eu é que invento coisas porque barata nos olhos é uma pergunta rogatória. Naquilo que não se exprime eu emprego a minha lexicologia. Num inseto que eu não abro e não sei, que é diferente de um cão que faço babar por um estímulo artificial, é que uso as palavras – é impossível não metaforizar com um mosquito.
pra mim o segredo da vida ainda continua secreto...
ResponderExcluirrsrs
que forte...adorei
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